segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Notícia

 Visão em tempo do Coronavirus


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Dom Orani preside momento de oração pelos cristãos perseguidos

Com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) promoveu no dia 6 de agosto, Dia Internacional de Oração pelos Cristãos Perseguidos no Mundo, um momento de oração pelos cristãos perseguidos, no Santuário do Cristo Redentor. O arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, presidiu o momento que contou com testemunhos daqueles que sofrem com a perseguição religiosa. Na ocasião, o Monumento ao Cristo Redentor recebeu uma iluminação especial na cor vermelha, como símbolo do sangue dos mártires de hoje.
Dom Orani lembrou a presença da Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro, instituição da Igreja Católica que se dedica a prática da caridade social e trabalha há muitos anos com refugiados e pessoas perseguidas no mundo inteiro. Para ele, mudar a mentalidade de acolher as pessoas é essencial.
“É o tempo de nós olharmos as situações dos nossos irmãos, que por serem cristãos de diversas denominações, sofrem perseguições e precisam sair de suas casas e terras. Nós queremos viver em um mundo diferente, e para isso, precisamos rezar. Que os ideais de justiça, humanidade e fraternidade possam nortear nossas orações para que cada vez mais todos tenham direito de professar a sua fé, de pensar com liberdade a sua vida e conviver em paz uns com os outros”, disse. 
Sobre o Dia Internacional de Oração pelos Cristãos Perseguidos no Mundo
A data é celebrada, anualmente, no dia 6 de agosto, em referência à mesma noite e madrugada de 7 de agosto de 2014, quando milhares de cristãos fugiram do norte do Iraque, expulsos pelos extremistas do grupo Estado Islâmico. Assim que recebeu as primeiras informações na manhã do dia 7 de agosto, a ACN mobilizou os benfeitores e iniciou campanhas e projetos para socorrer material e espiritualmente os perseguidos e refugiados. Desde então, a Fundação Pontifícia realiza um dos maiores projetos de ajuda da sua história, direcionando esforços para alimento, abrigo e educação para os refugiados, ação que já resulta em mais de dois mil projetos no Oriente Médio desde o início da crise.
Sobre a Ajuda à Igreja que Sofre (ACN)
A ACN surgiu em 1947, após a Segunda Guerra Mundial, e se tornou uma Fundação Pontifícia com sede no Vaticano. Atualmente, atende mais de 60 milhões de pessoas, por meio dos mais de cinco mil projetos apoiados, por ano, pela entidade, em cerca de 140 países, incluindo o Brasil. Os projetos auxiliados pela ACN englobam a produção e distribuição de material catequético, a construção e reconstrução de Igrejas; locomoção e transporte para religiosos e missionários; recuperação de jovens dependentes químicos; construção de escolas e de casas, alimentação, medicamentos, agasalho e abrigo para refugiados.
Fonte: Arquidiocese do RJ - Fotos: Diário do Corcovado.


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Orientações sobre o pão e o vinho da Eucaristia


A pedido do Papa Francisco, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos dirigiu aos Bispos diocesanos uma carta-circular a respeito do pão e do vinho da Eucaristia.
O documento recorda aos prelados que cabe a eles providenciar “dignamente” tudo aquilo que é necessário para a celebração da Ceia do Senhor. “Compete-lhe vigiar a qualidade do pão e do vinho destinado à Eucaristia e, por isso, também, aqueles que o fabricam”, lê-se no texto.
O Dicastério manifesta preocupação com a venda da matéria eucarística em supermercados, lojas ou até mesmo pela internet. “O Ordinário deve recordar aos sacerdotes, em particular aos párocos e aos reitores das igrejas, a sua responsabilidade em verificar quem é que fabrica o pão e o vinho para a celebração e a conformidade da matéria”, mediante inclusive a apresentação de certificados.
Trigo e glúten
A Congregação recorda que o pão deve ser ázimo, unicamente feito de trigo. “É um abuso grave introduzir, na fabricação do pão para a Eucaristia, outras substâncias como frutas, açúcar ou mel. Já as hóstias completamente sem glúten são inválidas, sendo tolerado hóstias parcialmente providas desta substância. Já o Mosto, isto é, o sumo de uva, é matéria válida para a eucaristia”.
Honestidade
O Dicastério destaca ainda que os fabricantes devem ter a “consciência de que o seu trabalho destina-se ao Sacrifício Eucarístico, e por isso, é-lhes requerido honestidade, responsabilidade e competência”, sugerindo que a cada Conferência Episcopal encarregue uma ou duas Congregações religiosas para verificar a produção, a conservação e a venda do pão e do vinho para a Eucaristia.
* Dicastério (do grego: δικαστης, juiz) é o nome para os departamentos do governo da Igreja Católica que compõem a Cúria Romana. Entre os dicastérios estão: a Secretaria de Estado, as congregações, os tribunais eclesiásticos, conselhos, ofícios, comissões e comités. O Papa delega a cada dicastério uma função do governo.

http://arqrio.org/noticias/detalhes/5922/orientacoes-sobre-o-pao-e-o-vinho-da-eucaristia



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 Sua Beatitude o Patriarca
Dom Joseph Absi
"Youssef I"




Άξιος της χειροτονίας.
                   
A Igreja Grego Melquita Católica, tem novo Patriarca,o Excelentíssmo Arcebispo Joseph Absi, eleito no dia 21 de junho de 2017.
Sua Excelência o Arcebispo Joseph Absi nasceu em Damasco em 20/06/1946.
Ele continuou seus estudos na Congregação Missionária de São Paulo (Al-Áabaá Al-Boulseen - Harissa - Líbano), onde foi ordenado sacerdote em 05/06/1973 pelo então o Patriarch Maximos V.
Ocupou vários cargos no campo de educação e pastoral e especializou-se na música litúrgica eclesial, foi eleito Superior Geral da Congregação Missionária de São Paulo em 13/07/1999.
Foi eleito pelo Santo Sínodo auxiliar Patriarcal  e Arcebispo de Tarso em 22/6/2001 e foi eleito Bispos pelo Sua Beatitude o Patriarch Gregórios III Laham, com a participação dos Arcebispos Dom Jean Mansour e Dom Joseph Kallas,na Basílica da mesma Congregação  (Igreja de São Paulo) em 09/02/2001. Nomeado vigário patriarcal em Damasco 13/10/2006.


Árabe: 
سيادة المطران جوزيف عبسي ولد في دمشق 20/06/1946 تابع دراسته في جمعية مرسلي القديس بولس (الآباء البولسيين) حيث سيم كاهناً في 6/5/1973 بوضع يد البطريرك مكسيموس الخامس. بعد توليه عدة وظائف رعوية والتعليم )لا سيما في مجال الموسيقى الليترجية) انتخب رئيساً عاماً للجمعية 13/7/1999.

انتخب أسقفاً في الدائرة البطريركية كنائب بطريركي ورئيس أساقفة طرسوس شرفاً من قبل السينودس 22/6/2001 نال السيامة الأسقفية من البطريرك غريغوريوس الثالث بمعاونة المطران يوحنا منصور والمتروبوليت جوزيف كلاس في كنيسة القديس بولس في حريصا في 2/9/2001 . عين نائباً بطريركياً في دمشق في 13/10/2006.

Inglês:
Joseph Absi, SMSP, even Youssef Absi, (born on 20 June 1946 in Damascus, Syria) is Archbishop of the Melkite Greek Catholic Church, and since 2007 Patriarchal Vicar from the Melkite Greek Catholic Archeparchy of Damascus.
Ecclesiastical career
Joseph Absi was on May 6, 1973 ordained priest and became Chaplain of the Missionary Society of Saint Paul. On 22 June 2001 he was appointed Titular Archbishop of Tarsus of Greek Melkites and Curial Bishop and Auxiliary Bishop in the Melkite Patriarchate. Melkite Patriarchate of Antioch Gregory III Laham, BS, was his consecrator and the co-consecrators were Archbishop Jean Mansour, SMSP, titular archbishop of Apamea in Syria dei Greco-Melkiti and Archbishop Joseph Kallas, SMSP, Archeparch of Beirut and Jbeil, on September 2, 2001.
From 2001 to 2006 he was Superior General of his religious community. Since 2007 he is Patriarchal Vicar in the Archdiocese of Damascus and triggered Archbishop Isidore Battikha from the office of Archbishop of Homs. He assisted as co-consecrator at the Episcopal Ordination of Yasser Ayyash, Archbishop of Petra and Philadelphia in Jordan.
Activities
Joseph Absi since 2001 is President of the Syrian Caritas (Commission Commune de Bienfaisance (CCB) and forwards with three full-time members more than 40 projects in Damascus, Aleppo and Hassake. He composed for the singer Marie Keyrouz "L'Ensemle De La Paix", a hymn that on the CD was released "Cantiques De L'Orient".
On The Middle East
As a participant in the Special Assembly of the Synod of Bishops (Catholic) for the Middle East in October 2010, Absi was the final bulletin to comment. He makes the statement, saying that in a variety of texts usually "It is important", "It is necessary", "It's obvious," "It's safe," "There must be" "or" "We need to". He therefore appeal to the participants that these mandatory statements will be achieved by the end of the Synod in action, and made a further requirement: "The Episcopal Conferences of each country should meet from time to time together. You should allow bi-ritualism, so that no parish without church remains, no matter what the church she belongs."


Francês:

Mgr Joseph Absi élu patriarche de l’Église grecque melkite

L’archevêque grec melkite de Damas succède au patriarche Grégoire III Laham dont la gestion et la proximité avec le régime syrien étaient fortement contestées au sein même de son Église.

Mgr Joseph Absi, archevêque de Damas et vicaire patriarcal, vient d’être élu, mercredi 21 juin, patriarche de l’Église grecque melkite catholique au cours du synode qui se tient ces jours-ci à Beyrouth. La tâche qui attend ce pasteur réputé discret et possédant un sens affirmé du dialogue est immense, dans un pays ravagé par la guerre depuis plus de six ans et où les communautés chrétiennes ont toutes été décimées par l’émigration.

Âgé de 71 ans, originaire de Damas, ce musicologue de formation – il a notamment composé un hymne pour la chanteuse Marie Keyrouz –, prêtre missionnaire de la société de Saint-Paul où il a exercé des responsabilités dans le domaine de l’édition, succède au patriarche Grégoire III Laham. Figure haute en couleur, ce dernier était contesté depuis plusieurs mois par une partie des évêques de son Église qui mettaient en cause son autoritarisme et sa mauvaise gestion de l’Église grecque-catholique melkite. Sa démission avait été acceptée le 6 mai dernier par le pape François.

Au cours de la crise qui avait empêché la tenue du synode de juin 2016, le nouveau patriarche était l’un des chefs de file des évêques opposés à la gestion de son prédécesseur. « Resté à Damas durant tout le conflit, il en a éprouvé la violence dans sa chair à deux reprises, souligne le Père Rami Wakim, secrétaire général du Patriarcat. La première fois dans son bureau lorsqu’un obus l’a jeté à terre et une autre fois lorsqu’un éclat d’obus a touché sa voiture. »

Engager des réformes

La situation des Syriens, et plus particulièrement des chrétiens durement éprouvés par le conflit, fait partie des priorités qui s’imposent à Mgr Absi. Plus importante Église catholique orientale, l’Église grecque melkite développe de nombreux programmes sur le terrain pour encourager les familles à revenir s’installer chez elles, en particulier dans le village syrien de Maaloula, mais aussi à Damas ou Alep.

Des réformes devront également être engagées à la suite de la crise de ces derniers mois. Il était notamment reproché au précédent patriarche d’avoir vendu des biens immobiliers de l’Église melkite sans en avertir ni le Vatican ni les membres du Synode, certains affirmant même que le fruit de ces ventes pourrait avoir financé le régime syrien. Jusqu’à présent, Mgr Absi ne s’est guère signalé auprès des observateurs par des positions politiques affirmées, contrairement à son prédécesseur.

L’Église grecque-catholique melkite, dont le siège est à Damas (Syrie), est une Église de rite byzantin unie à Rome depuis le XVIIIe siècle. Elle rassemble 1,3 million de fidèles, principalement en Syrie, au Liban, en Terre Sainte et dans les pays de la diaspora, notamment aux États-Unis. C’est la seconde Église du Moyen-Orient après l’Église copte-orthodoxe.
 



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Publicado Anuário Pontifício: católicos são 1 bilhão 254 milhões


Cidade do Vaticano (RV) – Os católicos batizados no mundo passaram de 1,115 a 1,254 bilhões, entre 2005 e 2013, o que representa um aumento de 12%. No mesmo período, a população mundial passou de 6,463 a 7,094 bilhões. A percentagem de católicos batizados no mundo, portanto, representa 17,7% da população. Os dados estão contidos no Anuário Pontifício 2015, publicado esta quinta-feira (16/04).
Os percentuais, no entanto, sofrem variações nos diversos continentes. A Europa, por exemplo, com um crescimento populacional tendendo ao declínio nos próximos decênios, observou um leve aumento dos batizados em 2013, totalizando 287 milhões, 6,6 milhões a mais em relação a 2005.
Na realidade africana, por sua vez, os católicos tiveram um incremento de 34%, passando de 153 milhões em 2005 a 206 milhões em 2013. O aumento deve-se, sobretudo, à elevação da presença dos fiéis batizados. Os católicos, que representavam 17,1% da população africana em 2005, oito anos mais tarde passaram a representar quase 19% da população no continente.
Católicos em crescimento na América e Ásia
O crescimento de fiéis na América e Ásia, por sua vez, teve um incremento de 10,5 e 17,4%, explicável em parte pelo aumento populacional registrado no período. Em termos relativos, de fato, os católicos americanos mantém o percentual de 63% da população, enquanto na Ásia a incidência de católicos passou de 2,9% em 2005 a 3,2% em 2013.  Na Oceania a incidência de católicos batizados por cada cem habitantes permanece estável, não obstante em valores absolutos tenha observado um leve decréscimo.
Apostolado em aumento
A força do apostolado, constituída por bispos, sacerdotes, diáconos permanentes, religiosos não sacerdotes, religiosas professas, membros de institutos seculares, missionários leigos e catequistas, perfazia um total de 4.762.458 ao final de 2013, com uma variação positiva de 300 mil em relação à mesma data de 2005. Os percentuais entre os diversos componentes que constituem as forças de apostolado possuem grande variação nos diversos continentes. Na média mundial, a relação percentual entre a soma dos bispos, dos sacerdotes e dos diáconos permanentes e o complexo de todos os agentes pastorais resultava, no final de 2013, de 9,7%, com valores inferiores na África (8,1%) e no sudeste asiático (9,4%) e valore superiores na Europa (19%) e na América do Norte (12,5%). Os territórios de missão, assim, se caracterizam por um acentuado apostolado leigo.
Hierarquias locais substituem bispos missionários
Em 31 de dezembro de 2013 estavam presentes em todas as circunscrições eclesiásticas 5.173 bispos, o que representa um aumento de 40 prelados em relação ao ano precedente, número um pouco inferior à média dos últimos oito anos. A presença mais numerosa de bispos está na América e Europa, onde vivem, respectivamente, 37,4 e 31,4 dos bispos do planeta, seguidos pela Ásia (15,1%), África (13,6%) e Oceania (2,5%). Um aspecto interessante a ser destacado é o do lento mas gradual processo de substituição dos bispos missionários pelas hierarquias locais. Considerando como indicador deste fenômeno a relação percentual entre os bispos não-nativos no continente e o total, se observa que no período de 2005 a 2013 o valor deste índice diminuiu na Oceania, África e América, enquanto aumentou na Europa e Ásia, mesmo que levemente.
Sacerdotes em aumento na África e Ásia
O número total de sacerdotes – diocesanos e religiosos -, no final de 2013, era de 415.348, 0,3% superior ao ano precedente. O incremento verificou-se em todos os territórios, com exceção da América do Norte e Europa, onde o número de sacerdotes reduziu de 1,4 a 1,2%. A América Central teve um aumento de 1,6% no número de sacerdotes, a América do Sul de 1,0%, o Sudeste asiático de 2,4% e a África 4,2%. Comparando com o ano de 2005, o aumento total do número de sacerdotes foi de 2,2%. As maior variações positivas ocorreram na África (29,2%) e na Ásia (22,8%), enquanto na Europa houve uma queda de 7,1%. A distribuição dos sacerdotes por área geográfica coloca em evidência uma acentuada concentração, com 44,3% dos sacerdotes no continente europeu, onde vivem pouco menos de 23% de todos os católicos no mundo, contra 29,6% dos sacerdotes na América, onde vivem 49% dos católicos. A Ásia tem 14,8%  dos sacerdotes para 10,9% de católicos; a África 10,1% com 16,4% de católicos e por fim, a Oceania, com 1,2% dos sacerdotes e 0,8% dos católicos.
Diáconos permanentes em crescimento
Os diáconos permanentes, diocesanos e religiosos, estão em forte expansão, quer a nível mundial, quer em cada continente em particular, passando de um total de 33.391 em 2005 para mais de 43 mil em 2013, com um aumento percentual de 29%. Europa e América registram quer a consistência numérica mais significativa, quer o aumento mais dinâmico. Na América, por exemplo, existiam mais de 21 mil diáconos em 2005 que passaram a 28 mil em 2013. Estes dois continentes, sozinhos, representavam em 2013, 97,6% do total mundial, com o restante dividido entre África, Ásia e Oceania.
Religiosos não-sacerdotes aumentaram
O grupo dos religiosos professos não-sacerdotes teve um aumento percentual de 1,0% entre 2005 e 2013. Em 2005 eram 54.708 em todo o mundo, passando a 55 mil em 2013. A África e a Ásia observam uma variação positiva de 6 e 30%, respectivamente. Em 2013, estes dois continentes representavam mais de 36% do total. No sentido inverso, o grupo constituído pela Europa (com variação negativa de 10,9%), América (-2,8%) e Oceania (-2,0%).
Religiosas em diminuição
As religiosas professas diminuíram 1,3% entre 2012 e 2013, valor que iguala a média anual entre 2005 e 2013, quando passaram de 760.529 para  693.575, com uma variação negativa total de 8,8%. A queda, também neste caso, diz respeito à Europa, América e Oceania, com redução de 18,3%, 15,5% e 17,1%, respectivamente.  Na África e na Ásia, por sua vez, o incremento foi de 18% e 10% respectivamente. A incidência em relação ao total mundial em 2005 e em 2013 é praticamente a mesma na Oceania. O peso da Europa e da América, pelo contrário, caiu de 42,5% para 38% e de 28,3 para 26,2% respectivamente, enquanto o da Ásia subiu de 20,2 para 23,8% e das religiosas africanas de 7,7 a 10,1%.
Vocações sacerdotais em queda
Após um período de constante aumento do número de vocações sacerdotais, com um maior crescimento observado em 2011, se assiste no último biênio a uma inversão desta tendência. O número total dos inscritos nos cursos de filosofia e de teologia dos centros diocesanos e religiosos de formação ao sacerdócio de todo o mundo católico foi de 118.251 em 2013 contra 120.616 em 2011, uma leve queda de 2%. A diminuição das vocações sacerdotais em 2013 foi geral, com única exceção no continente africano, que viu um aumento de 1,5%. Na América do Norte, em particular nos Estados Unidos, houve uma redução de 5,2% entre 2011 e 2013. A América Central viu um contração de 0,1% das vocações sacerdotais, enquanto a América do Sul registrou, no mesmo período, uma diminuição de quase 7%, com destaque para a Colômbia (-10,5%), Chile (-11,2%) e Peru (-11,2%). O Brasil, por sua vez, viu reduzir em 6,7 % o número de vocações sacerdotais.
Também no continente asiático houve uma leve queda de 0,5% em relação a 2011. O fato foi observado sobretudo na Indonésia, na Coreia e nas Filipinas, enquanto na Índia o número de seminaristas cresceu 0,5%. No continente europeu, verificou-se uma queda de 3,6% no biênio. Contribuíram para este fenômeno sobretudo a Polônia (-10%), Grã Bretanha (-11,5%), Alemanha (-7,7%), República Tcheca (-13%), Áustria (-10,9%), França (-3,5%) e Espanha (-1,8%). Por outro lado, as vocações tiveram um aumento na Itália (0,3%), Ucrânia (4,5%) e Bélgica (7,5%). Já na Oceania, o número de seminaristas reduziu-se em 5,1% entre 2011 e 2013.
A redação do Anuário Pontifício esteve sob os cuidados de Mons. Vittorio Formenti, encarregado do Departamento Central de Estatística da Igreja, do Prof. Enrico Nenna, além de outros colaboradores. (JE/Sedoc)



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Maristas na Síria pedem socorro ao Papa e ao mundo



Aleppo (RV) - A congregação dos Irmãos Maristas em Aleppo, na Síria, lançou um pedido de socorro ao Papa Francisco e à comunidade internacional numa altura em que a cidade está sendo fortemente atacada pelos rebeldes islâmicos. “As pessoas temem, de um momento para o outro, uma invasão total, e tudo o que isso poderá representar como consequência”, refere o irmão Georges Sabé, na entrevista à Agência Ecclesia.

O religioso fala sobre a situação horrível em que vive a pequena comunidade cristã da região, vítima de bombardeamentos que têm semeado morte e destruição. Ele descreve um “cenário quase apocalíptico, com casas destruídas e pessoas entre os escombros, outras a tentarem encontrar nos destroços os seus entes queridos, pais e filhos, famílias inteiras a vaguearem pelas ruas”.

Nem a catedral greco-católica foi poupada pela chuva de mísseis, obrigando o bispo a mudar a sua residência para um local mais seguro. “É horrível, horrível, tudo o que está acontecendo”, aponta o consagrado marista, para quem o pior é “não saber o que esperar das próximas horas”.

Apelo ao Papa

Por isso, aproveita a ocasião para fazer um apelo ao Papa e à comunidade internacional: “Ajudem-nos! Para continuarmos no Oriente Médio, para preservarmos o que resta da comunidade cristã de Aleppo, precisamos de toda a ajuda possível, seja ela pública, política e humana”, exorta. Os Irmãos Maristas de Aleppo lamentam que, depois de quatro anos de conflitos cada vez mais cruéis, ainda não há uma solução à vista.

No entanto, continuam olhando o futuro com esperança, recordando que o solo em que pisam foi “berço do cristianismo”. “Antes da guerra não existiam tensões entre cristãos e muçulmanos. Este não é nem nunca foi um conflito confessional nem um conflito contra os cristãos”, referem os religiosos, apontando como exemplo os muitos muçulmanos que trabalham como voluntários na sua obra social e de caridade na assistência às vítimas. (MJ/Agência Ecclesia)
 

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Papa aos armênios: Esconder ou negar o mal é como deixar que uma ferida continue a sangrar sem a tratar:

Cidade do Vaticano (RV) – A celebração presidida pelo Papa Francisco na Basílica vaticana neste II Domingo de Páscoa, Domingo da Misericórdia, recordou também o centenário do martírio armênio, perpetrado em 1915 pelo Império Turco-otomano. O Santo Padre entregou quatro cópias de uma mensagem aos dois Catholicos, Karekin II e Aram I, ao Patriarca Católico Nerses Bedros XIX e ao Presidente da Armênia Serz Azati Sargsyan, que ao final da celebração dirigiram uma saudação ao Papa Francisco e rezaram pelo povo armênio.
Antes da Missa, o Santo Padre dirigiu uma saudação aos fiéis armênios, onde inicialmente recordou que em várias ocasiões, havia definido o tempo presente como “um tempo de guerra, uma terceira guerra mundial combatida ‘por pedaços’”, onde nós assistimos “diariamente a crimes hediondos, a massacres sangrentos e à loucura da destruição”, fazendo referência novamente à perseguição aos cristãos:
“Ainda hoje, infelizmente, ouvimos o grito, abafado e transcurado, de muitos dos nossos irmãos e irmãs inermes que, por causa da sua fé em Cristo ou da sua pertença étnica, são pública e atrozmente assassinados – decapitados, crucificados, queimados vivos – ou então forçados a abandonar a sua terra”.
No século passado – prosseguiu o Pontífice – a nossa humanidade viveu três grandes e inauditas tragédias:
“A primeira, que geralmente é considerada como «o primeiro genocídio do século XX» atingiu o vosso povo arménio – a primeira nação cristã – juntamente com os sírios católicos e ortodoxos, os assírios, os caldeus e os gregos. Foram mortos bispos, sacerdotes, religiosos, mulheres, homens, idosos e até crianças e doentes indefesos. As outras duas são as perpetradas pelo nazismo e pelo estalinismo”.
Mais recentemente, Francisco recordou que houve outros extermínios de massa, como os do Camboja, do Ruanda, do Burundi, da Bósnia:
“E todavia parece que a humanidade não consiga parar de derramar sangue inocente. Parece que o entusiasmo surgido no final da II Guerra Mundial esteja a desaparecer e dissolver-se. Parece que a família humana se recuse a aprender com os seus próprios erros causados pela lei do terror; e, assim, ainda hoje há quem procure eliminar os seus semelhantes, com a ajuda de alguns e o silêncio cúmplice de outros que permanecem espectadores. Ainda não aprendemos que «a guerra é uma loucura, um inútil massacre»”
No dia de hoje – prosseguiu o Papa dirigindo-se aos fiéis armênios - recordamos o centenário daquele trágico acontecimento, daquele enorme e louco extermínio que cruelmente sofreram os vossos antepassados:
“Recordá-los é necessário, antes forçoso, porque, quando não subsiste a memória, quer dizer que o mal ainda mantém aberta a ferida; esconder ou negar o mal é como deixar que uma ferida continue a sangrar sem a tratar”.
O Santo Padre reafirmou a certeza de que “o mal nunca provém de Deus, infinitamente Bom” e de que “a crueldade não pode jamais ser atribuída à ação de Deus e, mais, não deve de forma alguma encontrar no seu Santo Nome qualquer justificação”.
“Que esta dolorosa recorrência – auspiciou Francisco -  torne-se para todos motivo de reflexão humilde e sincera e de abertura de coração ao perdão”. Então, o apelo a “todos aqueles que estão à frente das Nações e das Organizações internacionais” de oporem-se, “com firme responsabilidade, sem cair na ambiguidade e compromisso” diante de “conflitos que muitas vezes degeneram em violências injustificáveis, instrumentalizando as diferenças étnicas e religiosas”. Em particular, o desejo do Papa para que “se retome o caminho da reconciliação entre os povos armênio e turco e a paz brote também no Nagorno Karabakh”. 
“Nesta dolorosa recorrência, o ecumenismo de sangue – concluiu Francisco – que congrega as diferentes confissões", fortaleça as ligações de amizade que já unem a Igreja Católica e a Igreja Apostólica Armênia.
SAUDAÇÃO DO SANTO PADRE NO INÍCIO DA SANTA MISSA PARA OS FIÉIS DE RITO ARMÉNIO
Queridos irmãos e irmãs arménios,
Amados irmãos e irmãs!
Em várias ocasiões, defini este tempo como um tempo de guerra, uma terceira guerra mundial combatida «por pedaços», assistindo nós diariamente a crimes hediondos, a massacres sangrentos e à loucura da destruição. Ainda hoje, infelizmente, ouvimos o grito, abafado e transcurado, de muitos dos nossos irmãos e irmãs inermes que, por causa da sua fé em Cristo ou da sua pertença étnica, são pública e atrozmente assassinados – decapitados, crucificados, queimados vivos – ou então forçados a abandonar a sua terra.
Também hoje estamos a viver uma espécie de genocídio, causado pela indiferença geral e colectiva, pelo silêncio cúmplice de Caim, que exclama: «A mim, que me importa? (…) Sou, porventura, guarda do meu irmão?» (Gn 4, 9).
No século passado, a nossa humanidade viveu três grandes e inauditas tragédias: a primeira, que geralmente é considerada como «o primeiro genocídio do século XX» (JOÃO PAULO II E KAREKIN II, atingiu o vosso povo arménio – a primeira nação cristã – juntamente com os sírios católicos e ortodoxos, os assírios, os caldeus e os gregos. Foram mortos bispos, sacerdotes, religiosos, mulheres, homens, idosos e até crianças e doentes indefesos. As outras duas são as perpetradas pelo nazismo e pelo estalinismo. E, mais recentemente, houve outros extermínios de massa, como os do Camboja, do Ruanda, do Burundi, da Bósnia. E todavia parece que a humanidade não consiga parar de derramar sangue inocente. Parece que o entusiasmo surgido no final da II Guerra Mundial esteja a desaparecer e dissolver-se. Parece que a família humana se recuse a aprender com os seus próprios erros causados pela lei do terror; e, assim, ainda hoje há quem procure eliminar os seus semelhantes, com a ajuda de alguns e o silêncio cúmplice de outros que permanecem espectadores. Ainda não aprendemos que «a guerra é uma loucura, um inútil massacre» .
Hoje, queridos fiéis arménios, recordamos – com o coração trespassado pela dor mas repleto da esperança no Senhor Ressuscitado – o centenário daquele trágico acontecimento, daquele enorme e louco extermínio que cruelmente sofreram os vossos antepassados. Recordá-los é necessário, antes forçoso, porque, quando não subsiste a memória, quer dizer que o mal ainda mantém aberta a ferida; esconder ou negar o mal é como deixar que uma ferida continue a sangrar sem a tratar!
Com afecto, vos saúdo e agradeço o vosso testemunho.
Saúdo e agradeço a presença do senhor Serž Sargsyan, Presidente da República da Arménia.
Saúdo cordialmente também os meus irmãos Patriarcas e Bispos: Sua Santidade Karekin II, Patriarca Supremo e Catholicos de Todos os Arménios; Sua Santidade Aram I, Catholicos da Grande Casa da Cilícia; Sua Beatitude Nerses Bedros XIX, Patriarca da Cilícia dos Arménios Católicos; os dois Catholicossatos da Igreja Apostólica Arménia e o Patriarcado da Igreja Armeno-Católica.
Com a firme certeza de que o mal nunca provém de Deus, infinitamente Bom, e radicados na fé, professamos que a crueldade não pode jamais ser atribuída à acção de Deus e, mais, não deve de forma alguma encontrar no seu Santo Nome qualquer justificação. Vivamos, juntos, esta Celebração, fixando o nosso olhar em Jesus Cristo Ressuscitado, Vencedor da morte e do mal!

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
São João, presente no Cenáculo com os outros discípulos ao anoitecer do primeiro dia da semana, refere que Jesus veio, pôs-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco!». E «mostrou-lhes as mãos e o peito» (20, 19-20), mostrou-lhes as suas chagas. Reconheceram, assim, que não se tratava duma visão, mas era mesmo Ele, o Senhor, e encheram-se de alegria.
Oito dias depois, Jesus veio de novo ao Cenáculo e mostrou as chagas a Tomé a fim de que as tocasse como ele pretendia para poder acreditar e tornar-se, também ele, uma testemunha da Ressurreição.
Hoje, neste Domingo que São João Paulo II quis intitular à Misericórdia Divina, o Senhor mostra-nos também a nós, através do Evangelho, as suas chagas. São chagas de misericórdia. É verdade! As chagas de Jesus são chagas de misericórdia. «Fomos curados pelas suas chagas» (Is 53, 5).
Jesus convida-nos a contemplar estas chagas, convida-nos a tocá-las – como fez com Tomé – a fim de curar a nossa incredulidade. Convida-nos sobretudo a entrar no mistério destas chagas, que é o mistério do seu amor misericordioso.
Através delas, como por uma brecha luminosa, podemos ver todo o mistério de Cristo e de Deus: a sua Paixão, a sua vida terrena – cheia de compaixão pelos pequeninos e os doentes – a sua encarnação no ventre de Maria. E podemos remontar a toda a história da salvação: as profecias – especialmente as do Servo de Yahweh –, os Salmos, a Lei e a aliança, até à libertação do Egipto, à primeira Páscoa e ao sangue dos cordeiros imolados; e remontar ainda aos Patriarcas até Abraão e, mais além na noite dos tempos, até a Abel e ao seu sangue que clama da terra. Tudo isto podemos ver através das chagas de Jesus Crucificado e Ressuscitado e, como Maria no Magnificat, podemos reconhecer que «a sua misericórdia se estende de geração em geração» (Lc 1, 50).
Às vezes, perante os acontecimentos trágicos da história humana, ficamos como que esmagados e perguntamo-nos: «Porquê?». A maldade humana pode abrir no mundo como que fossos, grandes vazios: vazios de amor, vazios de bondade, vazios de vida. E surge-nos então a pergunta: Como podemos preencher estes fossos? A nós, é impossível; só Deus pode preencher estes vazios que o mal abre nos nossos corações e na nossa história. É Jesus, feito homem e morto na cruz, que preenche o abismo do pecado com o abismo da sua misericórdia.
Num dos seus comentários ao Cântico dos Cânticos (Disc. 61, 3-5: Opera omnia 2, 150-151), São Bernardo detém-se precisamente sobre o mistério das chagas do Senhor, usando expressões fortes, corajosas, que nos faz bem retomar hoje. Diz ele que, «através das feridas do corpo, manifesta-se a recôndita caridade do coração [de Cristo], torna-se evidente o grande mistério do amor, mostram-se as entranhas de misericórdia do nosso Deus».
Temos aqui, irmãos e irmãs, o caminho que Deus nos abriu, para sairmos, finalmente, da escravidão do mal e da morte e entrarmos na terra da vida e da paz. Este Caminho é Ele – Jesus, Crucificado e Ressuscitado – e são-no, de modo particular, as suas chagas cheias de misericórdia.
Os Santos ensinam-nos que se muda o mundo a partir da conversão do próprio coração, e isto acontece graças à misericórdia de Deus. Por isso, quer perante os meus pecados, quer diante das grandes tragédias do mundo, «a consciência sentir-se-á turvada, mas não será abalada, porque me lembrarei das feridas do Senhor. De facto, “foi trespassado por causa dos nossos crimes” (Is 53, 5). Que haverá de tão mortal que não possa ser dissolvido pela morte de Cristo?» (ibid.).
Com o olhar voltado para as chagas de Jesus Ressuscitado, podemos cantar com a Igreja: «O seu amor dura para sempre» (Sal 117, 2); a sua misericórdia é eterna. E, com estas palavras gravadas no coração, caminhemos pelas estradas da história, com a mão na mão de nosso Senhor e Salvador, nossa vida e nossa esperança.



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Papa recorda interminável êxodo armênio e pede reconciliação
Cidade do Vaticano (RV) – O massacre armênio foi o tema da audiência do Papa Francisco ao receber no Vaticano, na manhã desta quinta-feira (09/04), o Sínodo Patriarcal da Igreja Armênio-Católica. Na delegação, constava o bispo brasileiro Dom Vartan Boghossian, Exarca da comunidade armênia sul-americana.
Já no início do seu discurso, o Pontífice recordou que presidirá a Santa Missa no próximo domingo (12/04), na Basílica Vaticana, em memória das vítimas da perseguição ocorrida 100 anos atrás no então Império Otomano. “Invocaremos a Misericórdia Divina para que nos ajude a todos a curar toda ferida e a acelerar gestos concretos de reconciliação e de paz entre as nações que ainda não conseguem chegar a um consenso razoável sobre a interpretação daqueles tristes fatos”, disse o Papa.
Francisco aproveitou a presença do Sínodo Patriarcal para ressaltar a tradição cristã do povo armênio, o primeiro a se converter ao Cristianismo em 301, e saudar os religiosos e fiéis da diáspora, que hoje vivem em tantos países, inclusive na América Latina. Em especial, saudou os que estão na Síria. Cem anos atrás, recordou, a cidade de Aleppo foi porto seguro para os poucos sobreviventes armênios. Hoje, a presença cristã nesta região está ameaçada.
A comemoração das vítimas de um século atrás, acrescentou o Pontífice, nos coloca diante do mistério do mal. Do íntimo do coração do homem, podem desencadear-se as forças mais obscuras, capazes de programar a aniquilação do irmão, considerá-lo um inimigo, um adversário, e até mesmo alguém desprovido de dignidade humana.
Todavia, para o cristão, o mistério do mal introduz também o mistério da participação à Paixão redentora. Por isso, Francisco encorajou os líderes da Igreja armênia a fazer com que os fiéis não se considerem somente como sofredores em Cristo, mas ressuscitados Nele.
Por fim, durante o “êxodo interminável” sofrido pelos armênios, o Papa citou o papel naquele tempo do Papa Bento XV, que interveio junto ao Sultão Mehmet V para deter o massacre.
No domingo, a Rádio Vaticano transmitirá ao vivo, com comentários em português, a Santa Missa presidida pelo Pontífice para os fiéis de rito armênio, a partir das 8h55 (3h55 – horário de Brasília).




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